A ausência do ex-governador Simão Jatene (SD) na disputa pelo governo do Estado, abasteceu de bálsamo os arraiais emedebistas paraenses, assim como, claro, a campanha de reeleição de Helder Barbalho, iniciada aliás antes mesmo de o mesmo tomar posse como governador.
Como todos estão carecas de saber, Helder nunca teve medo de nenhum outro concorrente e, então, a ausência poderia ser interpretada como "tiro de misericórdia" na oposição. Corrobora isso o fato de não existirem evidências menos retóricas de que o senador Zequinha Marinho (PL) seja de fato candidato com aspiração de vencer, já que o senador pouco ou nada se pronuncia, ficando claro que a falta de empolgação até mesmo no Partido Liberal é uma questão que começa afastar atuais e futuros aliados.
Assim, a orfandade de um grupo significativo de militantes sempre alinhados a Jatene parece latente. E cruel!
A quem dirigir suas "orações"? Como encontrar "bateria" para se reinventar politicamente nessa selva cruel que se chama política paraense, frente a um "imperador", habilidoso na direção do tal "rolo compressor"?
De olho no cenário, o partido Solidariedade está lançando à disputa do governo um empresário vencedor - que aliás já chegou a ter 10 mil empregados no Pará - o major (Exército) da reserva Marcony Macedo, 51 anos, que vinha se preparando para a disputa de uma vaga na Câmara Federal, mas acabou estimulado pelo próprio ex-governador Simão Jatene a assumir o protagonismo desse embate tão decisivo por novos horizontes para a gestão pública do Pará.
Crítico mordaz do atual estado de coisas no Estado, defensor da transparência nas ações de governo e adepto da necessidade da modernização e profissionalização da gestão pública, o Major Marcony se apresentará como "o novo" num cenário não menos complicado do que hostil.
As urnas dirão...
Mín. 23° Máx. 28°